Campanha Mato Grosso contra a Brucelose passa por Tangará da Serra

Nessa quinta-feira (25), o Sindicato Rural de Tangará da Serra foi sede de um dia de ação da campanha nomeada “Mato Grosso contra a Brucelose”. O evento mobilizou a classe de veterinários (autônomos e oficiais) e pecuaristas da cidade e aconteceu durante todo o dia na entidade.

Na parte da manhã e da tarde os veterinários receberam um treinamento específico e à noite as estratégias foram apresentadas aos pecuaristas. Entre as discussões estavam as novas técnicas e tendências de novos focos em todo estado, alinhadas com as diretrizes estratégicas do Plano Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT).

De acordo com o coordenador estadual de Defesa Sanitária Animal do Indea, João Marcelo Brandini Néspoli, em Mato Grosso existem mais de 30 milhões de cabeça de gado e “o produtor tem plena consciência da responsabilidade de manter seu rebanho livre da brucelose”, o que facilita o trabalho de fiscalização. “Quanto menos doença, melhor a qualidade do animal”, destacou.

A campanha é realizada como iniciativa do Fundo Emergencial de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso (Fesa-MT) e com o apoio da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Federação Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Sindicatos Rurais, Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), Governo de Mato Grosso, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso (CRMV-MT), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) e Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo).

A doença em Mato Grosso

A brucelose bovina é uma doença infectocontagiosa, também chamada de “Aborto Contagioso” ou “Febre de Malta”. É de grande importância para a economia e saúde pública por se tratar de uma zoonose. A doença já foi erradicada em vários países, mais o controle é uma preocupação mundial. A comitiva chega a Tangará depois de passar por mais de nove cidades do estado e continuará por mais três até final da primeira quinzena do próximo mês.

O comitê responsável atua nesse trabalho desde 2017 por uma portaria concedida pelo Indea e tem resultados significativo para o estado. Um exemplo é a ampliação do prazo para abate de animais reagentes. O tempo determinado, que era de 30 dias, agora poderá ser feito em até 1 ano, desde que o produtor identifique com o “P” e isole os animais reagentes na propriedade. Ressalta-se que a propriedade não fica interditada, os outros animais têm trânsito livre com a emissão da GTA.

Desde 2002 o caso da brucelose vem sendo estudado em Mato Grosso e segundo dados do Serviço Veterinário Oficial iniciou as ações preconizadas no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, 41,02% de focos e 10,02% de animais daquele ano.  

Em 2014, o mesmo estudo foi feito e revelou uma prevalência de 24% dos focos e 5,1% de animais, uma redução significativa em relação dos estudos da primeira pesquise (2002). Mas os resultados demonstram valores de prevalências de focos ainda expressivos em todo o estado em relação ao estudo realizado em 2002. Mas os resultados demonstram valores de prevalências de focos ainda expressivos em todo o estado.

Autor: Assessoria de Comunicação

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