Sindicato Rural apoia capacitação que irá recuperar nascentes em Tangará da Serra

Na tarde desta terça-feira (21/10), aconteceu a abertura de um evento que irá capacitar para “Recuperação de Nascentes” em Tangará da Serra.

Os primeiros trabalhos estão sendo desenvolvidos com foco na cabeceira do Rio Queima-Pé, que é responsável pelo abastecimento de toda a cidade e que atualmente sofre com a estiagem. Com a realização da limpeza da nascente, o principal objetivo do trabalho é encontrar o “olho d’àgua” para aumentar a vazão.

Representando o Sindicato Rural de Tangará da Serra, que é um dos parceiros da capacitação, estiveram presentes o presidente Romeu Ciochetta, o vice-presidente Francisco Renato Casale Mauro e o diretor José Renato Meirelles.

A capacitação

A capacitação é organizada pelo Comitê Hidrográfico da Bacia do Rio Sepotuba – CBH, com o uso de técnicas adequadas que visam recuperar e proteger as nascentes. O responsável pela capacitação é o técnico Quirino Kesler, Diretor de Meio Ambiente do Município de São José das Palmeiras, no Paraná, com ampla experiência no desenvolvimento de ações de recuperação de mais de 100 nascentes naquele município.

Segundo o engenheiro agrônomo Décio Elói Siebert, do Comitê Hidrográfico da Bacia do Rio Sepotuba (CBH Sepotuba), as atividades serão desenvolvidas na cabeceira do Rio Queima-Pé, iniciando com a limpeza da nascente. “Caso haja necessidade, o serviço inicial pode ser feito com o auxílio de máquinas, depois é feito manualmente para se encontrar o ‘olho d’água’, que deverá ser totalmente limpo para aumentar a vazão”, explicou.

Ainda de acordo com a técnica desenvolvida pelo Quirino Kesler, passado a fase de limpeza constrói-se uma barreira com pedras marroadas e solo-cimento para aumentar o depósito de água, posteriormente, a vala é preenchida com pedra marroada e no final joga-se cal virgem para desinfecção em cima das pedras.

Após, coloca-se uma lona preta e cobrindo com solo-cimento e terra para voltar a nascer a vegetação; na barreira construída são colocados canos de PVC rígido para escoamento da água para posterior distribuição, cano de escoamento ou ladrão por onde sai a água para o curso normal, formando os córregos, quando a mina estiver em local abaixo do nível, instala-se uma bomba de água, para o bombeamento até o local desejado.

A área é cercada para evitar a entrada de animais e pessoas e é efetuado o plantio de essências nativas quando necessário para recompor a vegetação. A metodologia garante a proteção das nascentes contra assoreamento e proporciona melhoria da qualidade da água.

Rio Queima-Pé

Para abastecer a população tangaraense, o SAMAE conta com a captação de água bruta do Rio Queima-Pé e neste período do ano, em que há estiagem, tem sua vazão reduzida de maneira significativamente e as represas existentes não conseguem suprir a necessidade.

Em 2016 Tangará da Serra sofreu a sua primeira grande crise hídrica. E há cada ano a escassez só aumenta. Isso reforça a necessidade de preservação de todos os recursos hídricos.

Por isso, a importância da realização desta capacitação, que é desenvolvida pela CBH Sepotuba e Instituto Pantanal Amazônia de Conservação (IPAC) e, junto com o Sindicato Rural, estão o Rotary Club Cidade Alta, Governo do estado, SAMAE, Prefeitura Municipal, Câmara Municipal, Sindicato Rural e Fazenda Santa Amália.

Programação

No período matutino acontece a aula prática de como recuperar as nascentes. Já no período vespertino a temática continua e os participantes ainda aprenderão como instalar drenos verticais.

Autor: Assessoria de Comunicação - Sindicato Rural

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