(Na foto, da esquerda para a direita: o engenheiro responsável pela construtora Monteiro, José Luiz Rodrigues; o presidente do Sindicato Rural, Reck Junior; o presidente da Famato, Normando Corral; e os diretores da Construtora Monteiro, Bruno Tozatti e Eros Tozatti, durante visita ao local da obra)
Nesta segunda-feira (13), foi dada a largada na obra do Centro de Excelência em Integração Lavoura Pecuária e Floresta (ILPF). A unidade será construída em uma área de 18.868 metros quadrados, anexa ao Parque de Exposição, que foi doada como contrapartida do Sindicato Rural de Tangará da Serra. A obra será administrada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e Senar – AR/MT e financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) através da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Senar – Administração Central.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural, Reck Junior, o Centro de Excelência será um marco histórico, planejado com tecnologias inovadoras sustentáveis e executado com mão de obra local, o que contribuirá com o desenvolvimento socioeconômico da região. Ao todo serão 3.486,43 metros quadrados de área construída com 3.950,41 metros quadrados de área coberta. A obra está orçada em R$10.413.457,70 e será executada pela construtora Monteiro de Brasília (DF), que venceu a licitação.
“Parabenizo o Normando Corral e toda a diretoria da Famato pela ideia de trazer este Centro de Excelência para Tangará, e também a diretoria do Sindicato Rural que entendeu a importância da doação deste terreno para construir este Centro de Excelência em ILPF aqui. Mais uma vez, os produtores rurais estão unidos através destas instituições para disponibilizar melhorias e inovações para toda a sociedade. Também precisamos ressaltar que este início de obra neste momento de pandemia será muito importante pois irá gerar mais de 100 empregos diretos e no decorrer de toda a construção serão injetados mais de R$10 milhões na economia da nossa cidade. Após a construção, iremos fomentar mais uma cadeia produtiva na região”, destacou Reck.
No local, a formação profissional rural será ampliada com a oferta de cursos técnicos de nível médio e nível superior de tecnologia, nas modalidades à distância e presencial. Também serão ofertados cursos de formação inicial continuada. Jovens e adultos do campo e da cidade terão a oportunidade de participar das qualificações, que possibilitarão a entrada imediata no mercado de trabalho.
O presidente da Famato, Normando Corral, ressaltou a importância do significado do Centro de Excelência. “Um dos principais objetivos do Centro de Excelência é acumular conhecimento sobre diversas cadeias produtivas para depois difundir para outros produtores do Brasil inteiro, já que este é o quarto a ser construído no Brasil. Tem o Centro de Excelência em Pecuária de Corte que fica em Campo Grande (MS), o Centro de Excelência de Frutíferas que fica em Juazeiro (BA), o Centro de Excelência de Café que está sendo construído em Varginha (MG) e, agora, o Centro de Excelência em ILPF que abrange várias cadeias produtivas e está sendo construído em Tangará da Serra. A decisão por construí-lo em Tangará se deve principalmente às características de nossa região. Num raio de 300 quilômetros nós temos todas as grandes culturas como soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, pecuária de corte e também hortifruti. Além disso, a cidade tem uma rede hoteleira capaz de absorver visitantes e as pessoas ligadas à esta atividade, linha aérea para Cuiabá, universidades, etc. A previsão é que a obra seja entregue em dez meses e ano que vem faremos a inauguração”, explicou Normando Corral.
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)
A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) promove a recuperação de áreas de pastagens com baixa capacidade de suporte agregando, na mesma propriedade, diferentes sistemas produtivos, como os de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia. Busca melhorar a fertilidade do solo com a aplicação de técnicas e sistemas de plantio adequados para a otimização e a intensificação de seu uso.
Dessa forma, permite a diversificação das atividades econômicas na propriedade e minimiza os riscos de frustração de renda por eventos climáticos ou por condições de mercado.
A integração também reduz o uso de agroquímicos, a abertura de novas áreas para fins agropecuários e o passivo ambiental. Possibilita, ao mesmo tempo, o aumento da biodiversidade e do controle dos processos erosivos com a manutenção da cobertura do solo. Aliada a práticas conservacionistas, como o plantio direto, se constitui em uma alternativa econômica e sustentável para elevar a produtividade de áreas degradadas.